sexta-feira, 17 de junho de 2011

Meu coração, Não sei por quê........



Conheça os efeitos que a paixão,
o ciúmes e até a separação podem ter no seu corpo.
Por: JLIANNI SILVEIRA e BRUNA FERNANDES ALVES


Vinícius de Moraes aconselhou seus leitores a amar, "por que nada melhor para a saúde do que o amor correspondido". Provavelmente o poeta não procurou nenhum dado acadêmico para afirmar isso, mas a recomendação tem baseamento científico: de fato, as emoções fazem com que o cérebro libere substâncias que afetam o funcionamento do corpo, o que pode trazer benefícios ou problemas    do corpo, o que pode trazer benefícios ou problemas físicos. "Quem ri e sente mais prazer tem melhor oxigenação do cérebro, o que ajuda na manutenção do tecido nervoso", exemplifica   Silvia Mitiko Nishida, biomédica e professora de neurofísiologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botacatu (SP).
Todos os sentimentos esbarram em nossos instintos de sobrevivências mais primitivos. O corpo é "programado" para se preservar e para buscar o prazer e defender-se do que faz mal. Nesse processo, a liberação está na dose", afirma o psicobiólogo Ricardo Monezi, especialista em medicina comportamental e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Quando o momento é bom, serotonina, dopamina e algumas endorfinas tratam de prolongar o prazer. Esses neurotransmissores estimulam a liberação, em doses equilibradas, de cortisol e adrenalina, hormônios que melhoram o sistema imune e os órgãos relacionados aos sentidos. Mas se a experiências é dolorosa, cortisol e adrenalina são jogados na corrente sanguínea em altas doses, preparando o corpo para o perigo. Com a exposição crônica e elevada a esses hormônios, há uma queda nas defesas do organismo e um aumento do risco de a pessoa desenvolver doenças metabólicas, como hipertensão. Conheça as mais recentes descobertas sobre o tema....

Paixão
O impacto do início de um relacionamento causa a liberação de várias substâncias, principalmente de dopamina- relacionada à sensação de bem estar e às dependências químicas.Isso quer dizer que a paixão ativa o sistema de recompensa do cérebro da mesma forma que a cocaína ou jogatina.


O corpo encara esse turbilhão de sensações como um estresse positivo, mas não se sabe por quanto tempo: alguns estudos sugerem que essa fase dura no máximo seis meses. Outros, que pode chegar a quatro anos.
O corpo é que, quando nos sentimos apaixonados (e isso inclui toda aquela euforia e empolgação que conhecemos bem), uma série de aspectos fisiológicos melhora, como se o corpo quisesse aproveitar tudo intensamente. Nessa fase, nós ouvimos melhor, sentimos os odores com mais precisão e enxergamos as cores mais vivas.
Um dos trabalhos mais recentes, divulgado no final de 2010, mostrou que a paixão pode até reduzir a sensação de dor.Pesquisadores de Universidade Stanford, nos EUA, avaliaram 15 estudantes que viviam namoros  de até nove meses. Atestaram que essa primeira fase do amor ativa a mesma área do cérebroacionada por analgésicos.E os voluntarios realmnte relatam menos dor quando olhavam fotos de seus amados.

Amor

Quem tem uma relação amorosa estável é mais resistente a doenças infecciosas,tem menos gripes e apresenta menos doenças endócrinas (como diabetes). Um estudo de Departamento Nacional de Estatísticas do Reino Unido apontou que homens soolteiros de até 35 anos têm risco de morte 50% maior que os casados e que as solteiras têm mais doenças crônicas. "É como se o cérebro pensasse: 'Vou liberar secrotonina e dopamina em doses bem direcionadas e viver o máximo possível com quem amo", diz Monezi.
Avaliando-se quase 1.500 pessoas por 21 anos e mostrou que casais em uma relação estável são menos vulneráveis a um declínio cognitivo que pode levar á doença de Alzaheimer.



Solidão

Nesse aspecto,a percepção subjetiva é mai importante. Viver sozinho não é ruim quando é uma opção.Mas não encontrar um companheiro e sempre pensar nisso como uma tristeza é danoso. A Organização Mundial de Saúde considera a solidão um fator independente de risco para agravamento de doenças.
Pessoas sozinhas são mais propensas a ter problemas cardiovaculares e endócriinos, e alguns dados mostram que até a evolução do câncer é pior nessa parcela da população.

Os solitários têm genes relacionados a inflamações mais ativos e menor resposta imunológica a viroses. "Quem tem companhia desenvolve a percepção de parceria, quer estar bem e junto o tempo todo".

Separação

Se sentir rejeitado pelo parceiro ativa a mesma região do cérebro responsável pela sensação de dor física. Pesquisadores da Universidade Colombiana, nos EUA, recrutaram 40 voluntários que haviam se separado no semestre anterior. Enquanto eles viam fotos de seus ex, aparelhos de ressonância magnética captavam imagens do cérebro enquanto seguravam uma xícara de café quentíssimo.
"Relações sociais são vitais para a sobrevivência.Quando uma termina, a dor pode funcionar como um alerta". disse á CRIATIVA Ethan Kross, um dos autores do estudo. O trabalho, diz, também elucida por que idosos que foram casados por  muitos anos relatam incômodos físicos após perder o parceiro.




Outra pesquisa americana, publicada em 2010 no Journal of Neurophysiology, mostrou que a dor da separação também aciona a região do cérebro ligada ás dependências, podendo causar fissura como as drogas ou o cigarro.


Ciúme
Entre nossos sentimentos mais primitivos está o de territorialidade. O ciúme faz pequenas mudanças de comportamento com o ser humano. Muda nossa forma de pensar, e agir.
O ciúme geralmente é considerado uma praga se não for bem lapidado. Ter um pouco de ciúmes é normal, afinal é uma prova de que você ama a pessoa que esta ao seu lado; mas obsessão é outra coisa totalmente oposta. Geralmente o ciúme provoca atitudes, que não podem ser compreendidas pela outra pessoa e pelas pessoas que estão ao redor tentando ajudar, para que seu relacionamento não termina de uma forma banal.

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